Sobre
O que me trouxe até aqui
Eu morava na Cidade do México quando fiz a primeira entrevista que mudou a forma como passei a olhar para o jornalismo. Decidi que a grande reportagem de conclusão do curso seria sobre a construção do muro entre os Estado Unidos e o México. O ano era 2007. Entre muitas entrevistas, conversei com um mexicano que havia cruzado a fronteira a pé, ilegalmente, com a ajuda de um coyote. Naquele instante, entendi que ser jornalista era o meu passaporte para acessar diferentes histórias que pouco a pouco formariam quem eu sou.
Essa experiência me levou a uma especialização em jornalismo literário. Eu queria contar mais histórias reais com o mesmo estilo envolvente da literatura. Nunca mais parei de escrever. Editei a revista de bordo da Avianca Brasil por sete anos, entrevistei grandes personalidades, viajei a convite de órgãos de turismo de destinos como Abu Dhabi, África do Sul e Costa Rica, publiquei dois livros — "BIO 50 CEOs" (2017) e "Sem tinta" (2023) —, fundei a Casa B e, como ghost writer, estendi a minha técnica para outras pessoas.